sábado, 24 de novembro de 2012

Contando Histórias #1: O voto


 E aí, galera. Aqui quem fala é o Vítor... Antes de mais nada, vou explicar rapidinho para vocês o conceito da coluna Contando Histórias: Em alguns sábados (o dia que me foi destinado à postar no blog), ao invés de falar sobre livros,pode ser que eu poste algum texto de minha autoria, que ficará exposto na coluna 'Contando Histórias'. E desde já, peço que deem suas opiniões, que serão de extrema importância pra mim, tudo bem? Valeu pela atenção e divirtam-se com a primeira história na coluna, que é: O voto.
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                Meu coração pulsava com agilidade. A igreja estava repleta de convidados, todos se remexendo em seus lugares, buscando para seus olhos o melhor ângulo do altar todo enfeitado com malhas brancas de cetim e rosas vermelhas, que não só me sustentava como também reservava um lugar em particular para a mulher mais linda e encantadora de todo o mundo.
                E, nesse momento, as portas de madeira-pura se abriram e eu a vi, dando início à caminhada até o altar sobre o tapete vermelho, usando o vestido-branco mais lindo que eu já vira em toda minha vida.  Instantaneamente, sorri para ela e fui correspondido. Naquele instante, tudo parecia ter perdido o foco e minha visão apenas se concentrava em Eliza, minha noiva; a razão por eu estar fazendo isso.
                Pude sentir suas mãos tremendo quando ela estava perto o suficiente para que eu as segurasse e beijasse sua testa em sinal de respeito e dedicação. E ela sorriu, e mais uma vez pude perceber que aquele era o sorriso mais lindo de todo o mundo.
                Na plateia que cingia, alguns choravam, outros não tiravam o sorriso do rosto e alguns até mesmo aplaudiam de leve. E eis que aquele era o grande momento, onde a felicidade se tornaria tão real quanto o amor que eu sentia por Eliza.
                Não me lembro muito bem o que aconteceu depois, já que meus olhos pareciam não encontrar uma razão para deixar de lado a atenção que por ela se afetavam desde que a vira entrando na igreja. Mas de uma coisa eu me lembro, algo que jamais conseguiria me esquecer. Por um único momento, me lembro de olhar para o brilho que os olhos de Eliza transmitiam e mais uma vez para seu sorriso esbelto se formando quando respondi a pergunta efetuada pelo padre:
                – Sim – eu disse. E quando disse, me lembrei de tudo. Desde o momento em que nos conhecemos no natal, na casa de um amigo. E de quando nos beijamos pela primeira vez, uma semana depois, sobre os fogos de artifício do ano-novo. Lembrei-me de quando a pedi em casamento quatro meses depois, em um passeio de caiaque no lago do Central Park. E naquele instante, vi que tudo o que fizemos juntos, desde o momento em que corremos na chuva, até mesmo o momento em que brigamos por alguma coisa insignificante e nos beijarmos logo em seguida, tudo havia valido a pena, porque estarmos ali, naquele instante, sobre o altar, era a prova pura de que aquilo era real, de que o que tínhamos era real, de que nosso amor era real. O amor que sentíamos um pelo outro era o real motivo por tudo isso valer a pena.  E realmente valia a pena.
Então sorri, e reforcei o meu voto:
            – Sim – eu disse. – Eu aceito me casar com Eliza Rae Patrick.


4 comentários:

  1. Muito bom o texto Vitor, me parece uma história até real.
    Parabéns e adorei a coluna.

    Abraços!

    http://livronasmaos.blogspot.com.br

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    1. Valeu Markos. Bem que a realidade poderia ser tão honesta assim, né? kkk
      Fico feliz que tenha gostado \o/
      Abraços!

      [Vítor Guimarães]

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  2. Oi Vítor!
    Gosto muito dos seus posts, também gosto de escrever histórias, sendo elas com um milhão de páginas ou apenas uma, e sabe, essa de apenas uma página valeu mais do que qualquer uma com um milhão ;) Parecia que tudo que escrevia era real.
    Parabéns.
    Bjs ;*

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    1. Muitíssimo obrigado Livia! Costumo escrever várias histórias também, gigantes ou mínimas como essa. Pra mim é muito gratificante ouvir comentários positivos de vocês, realmente me importa muito *---*
      Tem alguma Fanfic? Passa aí nos comentários se tiver.
      Beijos!

      [Vítor Guimarães]

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